Gerir empresas é um desafio, mas existem vários modelos de gestão à disposição. Conheça e descubra qual o mais adequado para seu negócio.

Já falamos aqui várias vezes: gerir uma empresa não é uma tarefa simples. São inúmeros processos, equipes e áreas envolvidas, de forma que cada atividade acaba se relacionando com outra e assim por diante.

No entanto, hoje temos o privilégio de contar com inúmeras ferramentas que dão mais liberdade e segurança ao gestor. Cada ferramenta tem a sua utilidade e área de atuação, podendo ir desde a administração do tempo, até a gestão de processos.

A riqueza de opções, no entanto, traz um revés: o gestor pode se sentir perdido e sem entender qual ferramenta deveria adotar. Isso também ocorre no que tange os modelos de gestão: com tantos modelos por aí, como entendê-los e qual adotar?

É exatamente isso que aprenderemos neste artigo!

Neste artigo, você verá:

O que são modelos de gestão?

Gestão por Resultados

Gestão por Processos

Gestão Participativa

O que são modelos de gestão?

Modelos de gestão são formas ou estratégias adotadas por empresas para cumprir metas e objetivos através da boa coordenação de equipes.

Neste sentido, a gestão abarca tanto o objetivo e os meios para cumpri-lo, assim como a questão humana no que tange o bom relacionamento e o desenvolvimento da equipe.

Como o próprio nome já deixa claro, existem diversos modelos de gestão. Cada um inclui estratégias e visões diversas, mas todos buscam o mesmo fim: o desenvolvimento saudável do negócio.

Mas afinal, qual o melhor modelo de gestão?

A grande questão é: não existe o melhor modelo, mas o modelo ideal para o seu negócio. Sendo assim, cabe a você entender os diferentes modelos, analisar vantagens e desvantagens e, finalmente, entender qual melhor se encaixa na sua empresa.

As necessidades, dificuldades e facilidades do negócio devem ser levadas em conta antes dessa decisão, de forma que ela ocorra da maneira mais acertada possível, potencializando resultados e trazendo benefícios duradouros.

Nos tópicos seguintes, você verá três modelos de gestão com suas vantagens, desvantagens e peculiaridades. Leia, reflita sobre sua empresa e descubra qual melhor se encaixa dentro do seu contexto.

Gestão por Resultados

Como o próprio nome já deixa claro, o modelo de Gestão por Resultados coloca as metas da empresa como foco. O termo foi cunhado por Peter Drucker, pai da administração moderna, e anda lado a lado com o Planejamento Operacional.

Tais metas, porém, não são definidas apenas pelo gestor. Na Gestão por Resultados, líderes e liderados se reúnem para definir juntos as metas a serem alcançadas.

Nesse modelo, as responsabilidades são delegadas entre a equipe, de forma que todos saibam exatamente de que forma estão contribuindo para o cumprimento do objetivo central.

Além disso, o próprio monitoramento dos objetivos – como e se eles estão sendo cumpridos – é delegado a diferentes partes da equipe, de forma que os colaboradores de diferentes áreas conseguem contribuir uns com os outros em um desenvolvimento mútuo.

Vantagens

Entre as vantagens, podemos encontrar a clareza de objetivos dentro de todas as camadas da organização. Do mais elementar cargo até o alto escalão, todos os colaboradores da empresa terão clareza do que é necessário fazer.

Dessa forma, cada área contará com suas metas próprias, todas contribuindo para a meta geral da empresa.

Com um bom líder, a equipe se torna verdadeiramente unida e os colaboradores dobrarão os esforços pelo cumprimento dos objetivos definidos. Além disso, a divisão de responsabilidades tira um pouco o peso existente sobre o gestor.

Desvantagens

Vale salientar, porém, que nem tudo são flores. O gestor precisa ter controle da sua equipe e, caso o relacionamento se deteriore, ele corre o risco de ver os objetivos não serem atingidos.

Além disso, é importante sempre lembrar de recompensar a equipe pelos resultados alcançados. Como há um compartilhamento de responsabilidades, é correto que também haja um compartilhamento de recompensas.

Gestão por Processos

Na Gestão por Processos, o foco está nos meios para otimizar resultados. Dessa forma, o gestor e a equipe pensam em formas de reduzir custos, melhorar processos, elevar a produtividade e aumentar a satisfação dos clientes.

Sendo assim, fica evidente que esse modelo de gestão se foca nos processos em si, buscando identificá-los, entendê-los e, dentro das necessidades, modificá-los.

Além disso, a empresa pode desenvolver diretrizes e políticas que sirvam para otimizar tais processos, reduzindo custos e trazendo outras vantagens. Dessa forma, o gestor dá dinamicidade ao negócio e permite que ele flua da melhor forma possível.

Tendo como foco o gestor, a Gestão de Processos faz um excelente uso de ferramentas como a Matriz GUT, Fluxograma e Mapeamento de Processos.

Vantagens

Com tantas ferramentas já disponíveis, o modelo de gestão por processos permite uma implementação relativamente rápida, além de dar autonomia ao gestor.

Tendo conhecimento da sua empresa, ele pode enxergar possíveis pontos de fraqueza ou otimização, compreendendo exatamente onde melhorar e como.

Dessa forma, o foco no desempenho do seu negócio serve como uma mola para dar o impulso necessário para seu crescimento, além de permitir a detecção de gastos excessivos e outros problemas.

Desvantagens

Apesar de trazer uma agilidade bem vinda ao gestor, a falta de auxílio de colaboradores pode trazer consequências negativas.

A primeira delas é a compreensão errônea certos conjuntos de processos, levando ao desenvolvimento de soluções que simplesmente não funcionam.

A outra é o não entendimento por parte dos colaboradores quanto ao objetivo geral. Com uma comunicação fraca, o modelo de gestão por processos corre o risco de reduzir a ação empresarial a uma mera repetição de ações com pouca ou nenhuma consciência do todo.

Gestão Participativa

Na Gestão Participativa, o envolvimento dos colaboradores é ainda maior que na Gestão por Resultados. Aqui, eles não apenas auxiliam na definição de metas, mas atuam diretamente na tomada de decisões ao lado do gestor.

O foco se dá na capacitação dos colaboradores, de forma que os executivos possam colocar suas energias no planejamento estratégico, enquanto o resto da equipe tem liberdade e responsabilidade para conduzir e gerenciar as operações diárias.

Vantagens

A participação ativa dos colaboradores dá uma sensação de pertencimento, de maneira que eles se veem como parte da empresa e estão mais aptos a ajudar.

Além disso, a capacitação da equipe dá mais tempo e liberdade para que os gestores lidem com questões estratégicas, deixando a execução em mãos responsáveis e confiáveis.

Desvantagens

Caso a empresa não tenha um bom líder, ela corre o risco de ter uma liderança difusa, onde cada colaborador toma decisões conflitantes e que não conversam entre si. Dessa forma, o negócio corre o risco de perder identidade e não cumprir seus objetivos.

Está pronto para adotar um dos modelos de gestão na sua empresa? Conheça 5 ferramentas de gestão que todo gestor deveria conhecer!