Nada é mais desmotivador que uma crítica destrutiva. Aprender a dar um feedback do jeito certo é a chave para fazer com que todos os colaboradores possam evoluir dentro da empresa. Entenda!
Quem nunca recebeu uma crítica injusta na vida? É uma das piores sensações que se pode ter, ainda mais quando a crítica não traz nada que pode ser aproveitado. É aquilo que chamamos de crítica destrutiva.
No ambiente empresarial, esse tipo de crítica pode desmotivar funcionários e reduzir a produtividade. Sem encontrar um espaço visível para melhoria, a própria autoestima do criticado desce ladeira abaixo.
Isso quer dizer que devemos sempre elogiar nossos colegas, líderes e liderados nas avaliações de desempenho? De forma alguma. Elogios precisam ser merecidos, pois só assim eles têm valor.
As críticas, por outro lado, também têm grande utilidade. Porém, elas não podem ser feitas de qualquer forma, pois assim correm o risco de se tornarem destrutivas.
Para ter real valor, uma crítica – ou feedback – precisa ter um conteúdo aproveitável, além de ser passada de uma forma educada e coerente. Quando bem feita, ela serve de instrumento para melhorar a empresa como um todo.
Mas como um feedback de qualidade é feito? Vamos descobrir neste artigo!
Neste artigo, você verá:
O jeito certo de fazer um feedback
Bônus: como receber um feedback
O que é feedback?
De forma simplificada, feedback é definido como uma resposta a uma ação. Quando usamos o celular e apertamos o botão de bloqueio de tela, o feedback que nos é dado é óbvio: o celular bloqueia a tela.
O feedback também pode ser visto na realização de avaliações no ambiente acadêmico. Quando fazemos uma prova, recebemos um feedback dos professores mostrando nossos erros e acertos.
Da mesma forma, o feedback pode ser compreendido dentro do ambiente de trabalho. Quando o colaborador realiza um certo tipo de ação, ele pode obter uma resposta do líder, indicando se ele foi bem ou não.
Sendo assim, o feedback se mostra parte do processo de comunicação empresarial, tendo o potencial de trazer benefícios ao seu negócio. Porém, o seu mau uso pode trazer malefícios à empresa e às relações dos colaboradores.
Por isso, é importante conhecer as técnicas adequadas para fazer uma crítica sincera, mas dita da melhor maneira que motive a equipe a buscar melhores resultados.
Como NÃO fazer um feedback
Uma das melhores formas de aprender algo é entendendo o seu exato oposto. Por isso, para descobrir como fazer um bom feedback, que tal compreender o que compõe uma péssima crítica?
Tudo começa na postura. Um feedback destrutivo costuma vir acompanhado de um avaliador prepotente e arrogante. Esse tipo de avaliador acredita que é superior em relação a todas as pessoas.
Além disso, ele confunde a questão profissional com a pessoa por trás do trabalho. Logo, as críticas não são relacionadas a questões técnicas, mas pessoais.
Ao invés de dizer onde o profissional pode melhorar, o péssimo feedback simplesmente diz como o profissional é incompetente e incapaz de realizar suas tarefas. Às vezes ele vai além de chamar o profissional de preguiçoso e coisas piores.
Esse tipo de avaliador também baseia seus feedbacks na relação pessoal que tem com cada funcionário. Sendo assim, ele irá criticar pesadamente um funcionário que ele não goste, mesmo que o profissional em questão tenha um bom desempenho na empresa.
As consequências disso para a empresa podem ser devastadoras. Primeiro, instaura-se um ambiente de desconfiança generalizada. Além disso, os funcionários não se sentem seguros para conversar com o superior.
A soma desses fatores faz com que a produtividade do negócio como um todo decaia vertiginosamente, além de incrementar um desejo de fuga nos funcionários. Ninguém quer ficar muito tempo na empresa, muito menos buscar promoções.
O jeito certo de fazer um feedback
Um feedback de qualidade passa por três ideias fundamentais: clareza, especificidade e imparcialidade.
A clareza indica que a comunicação deve ser evidente e com pouco ruído, facilitando o entendimento por parte do colaborador. Ou seja, ao invés de dizer “o trabalho está mais ou menos”, seja claro se o trabalho está sendo agradável ou não.
Ser específico é o próximo passo da clareza. Aqui, você irá indicar exatamente qual ponto está sendo levado em consideração no feedback. Uma crítica genérica tem pouca utilidade, pois o criticado não consegue ver o exato ponto onde está errando.
A imparcialidade nos lembra que devemos ser justos na crítica, ignorando o relacionamento com o criticado. Mesmo que você não goste de uma pessoa, ela deve ser elogiada caso faça um bom trabalho. O contrário também é verdade.
Esses três pilares devem vir acompanhados da gentileza. É óbvio que ninguém gosta de receber feedbacks negativos, no entanto, quando eles são dados com gentileza, o criticado tende a ficar mais aberto para ouvir as críticas com atenção.
Bônus: como receber um feedback
É importante dizer que o feedback não ocorre apenas de “cima para baixo”. Líderes também podem receber feedbacks de seus liderados, descobrindo pontos fortes e entendendo os pontos fracos.
Com isso em mente, é preciso que você saiba como receber um feedback, de maneira que as palavras não apenas entrem por um ouvido e saiam pelo outro, mas que possam ser usadas para a sua melhoria enquanto líder e gestor.
O primeiro passo para isso é ter humildade e entender que você também pode cometer erros. Com essa consciência, torna-se muito mais fácil interpretar críticas da melhor forma possível.
Um líder desumilde corre o risco de enxergar críticas como ofensas ou atos de insubordinação, algo que é incomum. Geralmente, o funcionário tem uma boa intenção, tentando trazer uma nova visão ao gestor.
Isso não quer dizer, porém, que todo feedback deve ser aceito sem questionamento. É importante que você tenha pensamento crítico e avalie aquilo que faz sentido ou não. Pergunte-se: “essa crítica realmente pode me ajudar?”.
É um processo lento e que exige a prática constante, mas que pode libertar você de julgamentos injustos, assim como abrir os seus olhos para as críticas que são realmente válidas.
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